E se, iludidos no escuro e na confusão
desconhecêssemos A Voz, O Amor, A Doçura, certamente jamais quereríamos
novamente estar só.
Para estarmos
atentos sobre A Verdade, do que realmente podemos, temos e somos, os
ensinamentos de Shiva (Shiva Sutras) são maravilhosos: curtos, exatos e
objetivos, como uma flecha inexoravelmente destinada ao ponto mais central do
alvo. Que caiam as vendas e liberem-se as potencialidades.
Quem tiver o
conhecimento do inglês existem versões com as quais se podem comparar a essa
que trago em português que está na web no seguinte link:
http://www.numerologic.com/teosofia/textos/SHIVA%20SUTRA.pdfPara acompanhar as reflexões sobre A Verdade, trago também um vídeo com nove horas do mantra "Om Namah Shivaya", Tradução possível:
"Saúdo e me rendo ao Senhor Shiva".
SHIVA SUTRA
PRIMEIRA
SEÇÃO
SHÂMBHAVOPÂYA
1.1
- Chaitanyam Âtmâ
1.1
- “A Mônada
ou Espírito individual, que é que é o mais interno Eu do homem, possui em
essência a natureza de pura consciência, isto é, da Realidade quando voltada para
fora e, dessa maneira, funcionando em seu aspecto Consciência.”
1.2
- Jñânam bandlah
1.2
- “O
Conhecimento baseado nas ilusões da mente é a causa da escravidão da Mônada, ou
Jivâtmâ, nos mundos inferiores.”
1.3 - Yoni-vargah kalâ-sharîram
1.3 - “Maya, classe, função e veículo da consciência,
determinaram a natureza do conhecimento mental (que é a origem da escravidão).”
1.4
- Jñânâdhisthanam mâtrikâ
1.4
- “As bases
estruturais sutis de todas as qualidades de conhecimentos que aparecem na mente
são os poderes específicos presentes nos sons que correspondem às letras do
alfabeto, ou outros modos de movimento.”
1.5
- udyama bhairavah
1.5
- “O imenso
esforço e a energia requeridos para a manifestação de um universo provêm da
Vontade Divina de Shiva, a Consciência
Universal, e aparece inicialmente através do âkâsha sob a forma de Nâda, o Som integrado, do qual são derivados todas as formas de
vibração e modos de movimento no reino da manifestação.”
1.6
- Shakti - Chakra - Samdhâne
vishvasamhârah
1.6
- “Pela
contemplação do Centro, através do qual o Poder Divino desce e produz a manifestação
de um universo, a consciência reverte ao seu puro estado original e assim o
universo - como um fenômeno mental separado - desaparece.”
1.7
- Jâgrat-svana- susupti-bhede
thuryâbhoga - (samvit) sambhavah
1.7
-
“Transpassando os três estado inferiores (Jâgrat, svapna e susupti), a consciência torna-se capaz de
expandir-se no quarto estado, do qual derivam os três inferiores.”
1.8
- Jñânam jâgrat
1.8
- “Jâgrat ou consciência de vigília compreende, no
seu sentido mais amplo, todo o conhecimento obtido quando o Eu subjetivo está
em contato direto com o mundo em
torno, seja em que plano for.”
1.9
- Svapna vikalpâh
1.9
- “Svapna ou
estado de sonho da consciência, no seu sentido mais amplo e filosófico,
compreende todo o conhecimento presente na mente quando o Eu está exercendo uma
atividade mental independente do mundo que o cerca.”
1.10
- Aviveko nâya sausuptam
1.10
- “Susupti ou o estado de sem-sonhos
da consciência compreende, em seu mais amplo sentido filosófico, todo o
conhecimento contido no reino da mente porque é baseado na ausência de
percepção da Realidade Única devido a Maya.”
1.11
- Tritaya-bhokta vîreshah
1.11
- “Aquele em
cuja consciência os três estados se tenham fundido em um único estado integrado
pode exercer todos os poderes dentro do reino limitado da manifestação.”
1.12
- Vismayo Yogabhûmikâh
1.12
- “Os
estados atingidos e as experiências conquistadas nos diversos estágios da prática
da Ioga são realmente surpreendentes.”
1.13
- Icchâ-shaktir umâ kumârî
1.13
- “O Poder
Divino atuante através do iogue que está preso no reino da manifestação, embora
seja maravilhoso, ainda não está ligado à Divina Consciência do Shiva no “Imanifesto” e portanto não é
verdadeiramente infinito.”
1.14
- Drshyam sharîram
1.14
- “O mundo
objetivo que rodeia tal iogue, aparece-lhe como sendo seu próprio corpo, devido
à expansão da sua consciência.”
1.15
- Hridaye cittasanghattad
drishyasvâpadarshanam
1.15
- “Com a
percepção da interação entre a consciência e a mente no centro da consciência,
o mundo objetivo produzido na mente do iogue é visto como um sonho, isto é,
como um fenômeno puramente imaginário.”
1.16
- Shuddha-tattva-samdhânâd vâ
apashu-shaktih
1.16
- “Pela
contemplação da Realidade em sua pureza, é atingida a capacidade de neutralizar
o poder que acorrenta a alma ao mundo irreal.”
1.17
- Vitarka âtmâ - jñânam
1.17
- “Pelo
controle, e, finalmente, supressão da atividade da mente individual é atingido
o conhecimento do Âtmâ ou o Espírito individual
do homem.”
1.18
- Lokânandah samâdhisukham
1.18
- “Pela
contemplação do aspecto ânanda
do Eu, como
no caso de um devoto, o iogue se torna consciente da bem-aventurança que
permeia os mundos manifestados.”
1.19
- Shakti-samdhâne sharirotpattih
1.19
- “Pela
contemplação do Poder Divino, que é base do mundo objetivo, o iogue pode ver
como todos os corpos são criados por este Poder e, possuindo esse conhecimento,
é capaz de criá-los.”
1.20
- Bhûtasamdhâna-bhûtaprithaktva-vishva-sambhattâh
1.20
- “Pela
contemplação da natureza dos pañcha-bhûtas, ou os cinco Elementos Cósmicos, o iogue adquire a capacidade de
analisá-los e separá-los e assim descobrir como, por sua instrumentalidade,
foram construídos ou coordenados o universo e os objetos nele contidos.”
1.21
- Shuddhavidyodayâc
chakreshatva-siddhih
1.21
- “No
alvorecer do puro conhecimento integrado, concernente ao Princípio que é a base
de todas as modalidades de técnicas, o iogue adquire o domínio do Grande Centro
através do qual o Poder Divino desce à manifestação para executar as suas
múltiplas funções.”
1.22
- Mahâhradânusamdhânât
mantravîryânbhavah
1.22
- “Pela
contemplação do reservatório da Energia Divina, oculta no Centro da Consciência
Divina, é obtida a percepção do poder integrado do Som presente em todos em
todos os mantras, que são os instrumentos pelos quais o Som atinge os seus fins.”
SEGUNDA
SEÇÃO
SHÂKTOPÂYA
2.1
- Cittam mantrah
2.1
- “A base da
mente, em seu aspecto objetivo e estrutural, é o poder inerente às diversas
combinações de Sons.”
2.2
- prayatnah sâdhakah
2.2
- “Sucesso
no conhecimento da relação entre a mente e um mantra e, pelo uso desta relação, atingimento da
Auto-Realização, somente podem ser alcançados pelo esforço perseverante e
inteligente, baseado no conhecimento correto.”
2.3
- Vidyâsharîra-satta mantra-rahasyam
2.3
- “O
conhecimento e sua técnica são baseados na vibração e, o segredo para adquirir
conhecimento concernente às realidades interiores está oculto na ciência dos mantras.”
2.4
- garbhe cittavikâso, vishista - vidyâ
- svapnah
2.4
- “A espécie
inferior de conhecimento, que se desenvolve através da mente no reino de Mâyâ, ou Prakriti, tem a natureza do sonho, sendo assim puramente imaginária e
não real.”
2.5
- vidyâsamutthâne svâbhâvike khecarî
shivâvasthâ
2.5
- “O
conhecimento supremo, que surge na consciência pelo emprego de meios apropriados,
não é influenciado pelas limitações da individualidade e somente pode existir
além da manifestação num Estado de Vazio que é o Estado Supremo da Realidade
denominada Shiva.”
2.6
- Gurur upâyah
2.6
- “O meio
para obter o conhecimento supremo pode ser aprendido com o Mestre espiritual de
cada um, por já ter Ele atingido a Auto-Realização.”
2.7
- mâtrikâ - chakra - sambdhah
2.7
- “O Mestre
Espiritual inicia o discípulo unindo sua própria consciência com a do discípulo
e, assim, dá a este último o conhecimento direto do mâtrikâ-chakra através do qual o poder
do Som desce à manifestação.”
2.8
- Sharîram havih
2.8
- “Na
prática dos métodos ensinados pelo Mestre espiritual o corpo ou os veículos da
consciência do discípulo são queimados no Fogo do Conhecimento e cessam de obscurecer
e confinar sua consciência.”
2.9
- Jñânam annam
2.9
- “E a
qualidade inferior do conhecimento mental, citada no aforismo 2.4, é queimado
no Fogo do Conhecimento da Realidade, que desponta.”
2.10
- vidyâsamhâre
taduttha-svapna-darshanam
2.10
- “Com o
desaparecimento da ilusão peculiar à espécie inferior de conhecimento mental, é
percebida a natureza semelhante ao sonho do mundo mental criado pela mente do
discípulo.”
TERCEIRA
SEÇÃO
ÂNAVOPÂYA
3.1
- Âtmâ cittam
3.1
- “A mente é
apenas uma derivação, e uma forma diferenciada da pura Consciência centralizada,
portanto, essencialmente da mesma natureza da Consciência.”
3.2
- Jñânam bandhah
3.2
- “É o
conhecimento mental, prejudicado pela ilusão da dualidade, que é a fonte e o instrumento
da escravidão do homem que, inerentemente é livre e, fundamentalmente, é uma
expressão da Realidade.”
3.3
- Kalâdînâm tattvânâm aviveko mâyâ
3.3
- “Deriva da
natureza essencial de Maya
ou de sua
influência a incapacidade para compreender que os fenômenos do reino da mente
são criados por diferenciação de princípios inerentes à consciência.”
3.4
- Sharîre samhârah kalânâm
3.4
- “Quando os
veículos são queimados no Fogo do Conhecimento, como diz o aforismo 2.8, as
diferentes funções dos princípios ou kalâs, que se expressam através dos veículos, simultaneamente
desaparecem.”
3.5
- nâdisamhâra-bhûtajaya-bhûtakaivalya-bûthaprithaktvâni
3.5
- “Quando a
consciência se retira dos nâdis,
ou canais ao longo dos quais fluem as forças vitais de um veículo, é obtido o
domínio dos bhûtas e a capacidade de
separálos, isolando-os uns dos outros.”
3.6
- Mohâvaranât siddhih
3.6
- “Nesses siddhis ou poderes inferiores
ainda existe obscurecimento por moha ou ilusão da mente causada pelo apego, que impede a completa
liberdade ou Liberação do mundo manifestado.”
3.7
- mohaiayâd anantâbhogât sahajavidyâ -
jayah
3.7
- “Somente
pelo domínio da ilusão mental, causada pelo apego, mesmo que seja ao mais sutil
dos objetos do mais alto plano da manifestação, é obtido o conhecimento inerente
à Realidade que é oniabrangente, e através do qual tudo pode ser realizado.”
3.8
- Jâgrad dvitîya-karah
3.8
- “Jâgrat ou
estado desperto da consciência de um indivíduo, em qualquer nível, é o brilho
secundário da Luz Suprema da Consciência de Shiva, sendo o brilho primário a Divina Consciência do Logos.”
3.9
- nartaka Âtmâ
3.9
- “O
indivíduo que realizou a sua natureza espiritual como Âtmâ é um ator e está consciente de ser um ator
no palco do mundo e, assim, não afetado ou iludido pelo papel que lhe compete
representar.”
3.10
- rango antarâtmâ
3.10
- “A
Consciência Universal do Logos
ou Ishvara fornece o palco para o
drama mundial que é representado em um sistema manifestado.”
3.11
- preksakânîndriyâni
3.11
- “Os outros
Jîvâtmâs assistem a representação,
no palco do mundo, dos diversos Jîvâtmâs, por meio dos órgãos dos sentidos. Eles não têm
possibilidade de ver o Âtmâ
do ator, mas
somente a parte exterior, que ele está representando no mundo.”
3.12
- dhîvashât sattvasiddhih
3.12
- “Pelo
perfeito controle do poder de percepção é possível fazer a consciência, antes
voltada para fora, interiorizar-se e focalizar-se no Âtmâ, Centro individualizado da Realidade.”
3.13
- yiddhah svatantra-bhâvah
3.13
- “Pelo
atingimento do completo controle sobre o poder de percepção o iogue atinge um
estado de ser no qual está inteiramente liberto das limitações que confinam a
consciência encarnada dos seres humanos, nas diversas condições de espaço e tempo.”
3.14
- yathâ tatra tathâhyatra
3.14
- “Assim
como nesta, também nas outras partes”; ou “nestas como em quaisquer outras
circunstâncias”. O significado do enigmático enunciado acima é que o iogue tem conhecimento
e pode funcionar da mesma maneira por toda parte dentro do sistema especial ao
qual pertence.
3.15
- bîjâvadhânam
3.15
- “Neste
estágio de Âtma-jñâna a consciência do iogue
está colocada no centro de sua consciência, isto é, o Centro do qual o seu
mundo mental é projetado. Este ponto é chamado o manobindu em sânscrito, e é concêntrico com o Mahâbindu.”
3.16
-tâsanastho sukham hrade nimajjatti
3.16
-
“Estabelecido no tríplice aspecto Sat-Cit-Ânanda da consciência átmica, o iogue está mergulhado no oceano da
bem-aventurança e sabedoria que permeia o sistema manifestado.”
3.17
- svamâtrâ - nirmânam âpâdayati
3.17
- “Tal iogue
tem o poder de criar ou produzir resultados na medida de sua capacidade que,
embora possa ser imensa, ainda é limitada.”
3.18
- vidyâ-vinâshe janmavinashah
3.18
- “O ciclo
de nascimentos e mortes termina somente com a destruição doconhecimento mental
inferior baseado em ilusões de várias espécies.”
3.19
- Kavargâdisu mâheshvaryâdyâh
pashumâtarah
3.19
- “O iogue
deve estar alerta em relação aos Poderes Divinos que inevitavelmente o testarão
antes que a Liberação possa ter lugar. Tais poderes pertencem aMaheshvara e são formas
diferenciadas de Âdi
Shakti,
inerentes, em sua forma elementar, aos sons das letras. São esses poderes que
desempenham as mais altas funções da Criação, produzindo as ilusões, etc., que
são necessárias em qualquer sistema manifestado.”
3.20
- trisu caturham tailavad âsecyan
3.20
- Este
aforismo afirma em linguagem metafórica que “o iogue deveria fazer um esforço
constante para manter o turîya, ou quarto estado de
consciência, subjacente nos estados menos sutis, de modo a não se deixar
novamente envolver nas ilusões dos mundos inferiores. O estado turîya é o estado átmico de consciência no qual há uma percepção parcial
da Realidade, mas, devido à centralização da Consciência pura, não existe a
completa liberação das ilusões e limitações mais sutis.”
3.21
- magnah svacittena pravishet
3.21
- Como se
atingirá o quarto estado de consciência chamado turiya? Este aforismo responde à pergunta: “Penetra-se nele
mergulhando nos níveis mais profundos da consciência, a partir da própria
mente.”
3.22
- prânasamâcare samadarshanam
3.22
- “O atingimento
do quarto estado de consciência, no qual a consciência do iogue está
centralizada no plano átmico
e os três
estados inferiores tornaram-se integrados em um único, requer também a
reorganização das correntes de prâna e
kundalinî em seus respectivos canais
dentro do corpo.”
3.23
- madhye varah prasvah
3.23
- “O estado
de completa Auto-Realização deve ser atingido porque, amenos que o iogue esteja
firme e irreversivelmente estabelecido no mundo da Realidade, a sua consciência
pode reverter aos mundos inferiores, sujeitos às ilusões.”
3.24
- mâtrâsvapratyayasamdhâne nastasya
punar utthânam
3.24
-
“Tentativas repetidas para atingir o mais alto estado possível de consciência
no mundo da Realidade, tornam permanentes os estados perdidos pela reversão aos
estados inferiores.”
3.25
- Shivatukyo jâyate
3.25
- “Ao
atingir o mais elevado estado, que fica além do estado átmico de consciência, a consciência do iogue se
torna ‘una’ com a Consciência de Shiva ou Paramâtmâ
e adquire
então seus atributos.”
3.26
- sharîra - vrittir vratam
3.26
- “Um Mahâtmâ auto-realizado, embora
livre da compulsão de reencarnar, pode possuir veículos no mundo manifestado a
fim de ajudar a humanidade, como um ato de
devoção.”
3.27
- Kathâ japah
3.27
- “Neste
caso, a prédica religiosa que ele está constantemente pronunciando é uma
espécie de japa, é a repetição da
mensagem da divindade do homem comunicada aos seus companheiros em humanidade.”
3.28
- dânam âtmajñânam
3.28
- “A
constante disseminação da Sabedoria Divina é a sua dádiva para aqueles que estão
em torno dele ou venham ao seu encontro.”
3.29
- yo ‘vipastho jñâhetus ca
3.29
- “Ele
confere o conhecimento direto e se torna o protetor dos que assim foram preparados
e iniciados por ele.”
3.30
- sva-shakti-pracaya vishvam
3.30
- “Ele se
torna capaz de criar um sistema manifestado pelo Poder do Eu Supremo, com o
qual passa a se dotado.”
3.31
- sthiti-layau
3.31
- “Pela
mesma razão ele pode manter, e pode também destruir, o sistema manifestado.”
3.32
- tat-pravrittâvapyanirâsah
samvetri-bhâvât
3.32
- “Mesmo que
o indivíduo auto-realizado esteja desempenhando as atividades mencionadas nos
aforismos anteriores, ele permanece totalmente desapegado das mesmas porque a
sua consciência está estabelecida no mundo da Realidade.”
3.33
- sukhâsukhaya bahir-mananam
3.33
- “As
experiências de prazer e dor na vida de um iogue auto-realizado que está desempenhando
a função de Adhikâri
Purusha ficam
confinadas à periferia de sua consciência e não afetam os seus níveis mais
profundos, como as ondas na superfície dos oceanos não afetam suas
profundidades.”
3.34
- tad-vimuktas tu kevalî
3.34
- “O iogue
cuja consciência tornou-se completamente liberta da influência do prazer e da
dor é chamado um kevalî. Somente alguém assim
dotado pode trabalhar sem nenhum interesse pessoal e conseqüentemente servir de
instrumento eficiente à Vida Divina.”
3.35
- moha-pratissamhatas tu karmâtmâ
3.35
- “Somente
um iogue que tenha completamente sobrepujado a influência de moha está
qualificado para servir como um Adhikâri Purusha, isto é, como alguém que pode ocupar um cargo de
responsabilidade na Hierarquia Oculta que constitui o governo interno do
mundo.”
3.36
- bhedatiraskâre sargântara-karmatvam
3.36
-
“Elevando-se acima do reino da mente, onde todas as coisas são vistas como separadas,
para o reino da Realidade Una, onde as coisas são vistas como diferentes expressões
da Realidade, adquire-se a capacidade de funcionar com igual facilidade em todas
as esferas, todos os reinos da Natureza e todos os sistemas solares emmanifestação.”
3.37
- karanashatik svato nubhavât
3.37
- “A
capacidade de agir livremente dessa maneira, necessária a um Adhikâri Purusha, vem-lhe naturalmente,
sem que ele precise empregar para isso nenhum esforço especial, porque o Centro
da sua consciência está estabelecido permanentemente no mundo da Realidade, na
própria fonte do Divino Poder integrado.”
3.38
- tripadâdy anuprânanam
3.38
- “Como
resultado da capacidade que possui de usar o Divino Poder universal, o Adhikâri Purusha pode criar quaisquer
formas necessárias ao seu trabalho, e também vitalizá-las em todos os estados e
níveis de existência presentes no sistema.”
3.39
- cittasthitivat sharîra-bâhyesu
3.39
- “Como no
caso da mente, o corpo e os órgãos dos sentidos e da ação também são vistos na
periferia da consciência e não afetam os seus níveis mais profundos.”
3.40
- abhilâsâd bahirgatih samvâhyasya
3.40
- “O desejo
ou vontade de um Adhikâri
Purusha para
executar o Plano Divino, leva-o a atuar também na periferia da consciência,
isso porém não o afeta porque, em seu ser mais profundo, está estabelecido no
mundo da Realidade.”
3.41
- tadârûdha-pramites tatkasayâj
jîva-samksayah
3.41
- “Um Adhikâri Purusha está direta e
constantemente consciente da Realidade, por isso, a vida ou personalidade que
ele assumiu temporariamente para executar uma parte do Plano Divino, acaba ou
desaparece com o desaparecimento simultâneo do desejo ou vontade de executar o
trabalho.”
3.42
- bhûtakañcukî tadâ
vimukto vhûyah patisamah parah
3.42
- “Quando o Adhikâri Purusha está livre do mecanismo
psicomaterial criado por sua vontade utilizando o Poder Divino, sua consciência
reverte ao estado de Shiva, ou Realidade
transcendental.”
3.43
- naiasargikah prânasambandhah
3.43
- “O
princípio de prâna, embora faça a ligação
da pura Consciência do Purusha
com os seus
veículos, no reino da manifestação, pertence realmente ao reino de Prakriti e por isso, quando a
consciência do Purusha volta ao mundo da
Realidade como diz o aforismo precedente, prâna fica para trás com o veículo, e deixa de existir a sua conexão com
o Purusha.”
3.44
- nâsikântarmadhya-samyamât kimatra
savyâpasavya susumnesu
3.44
- “Para
aqueles que aprenderam a técnica do controle das energias representadas por prâna e kundalinî, através de prânayâma, não mais existe confinamento da consciência no reino da
manifestação, pois adquire o poder de se mover para cima e para baixo nos
diferentes planos, de acordo com a própria vontade.”
3.45
- bhûyah syât pratimîlanam
3.45
- “Para um Adhikâri Purusha ou iogue que possui
perfeito controle sobre os seus veículos e pode projetar a própria consciência
em qualquer parte do reino da manifestação, ou mesmo transcender esse reino e
penetrar no mundo da Realidade, sempre que o queira, existe também a total
reabsorção na Realidade.”
Om Namah Shivaya!
ResponderEliminarMeus humildes e respeitosos cumprimentos e reverêcias.
Que maravilha de publicaćão. Me trouxe mais do Amado Mahadeva a quem amo e dedico adoração todos os dias!
PRABHO PAHI APANAMISHE SHAMBO!!!
Shivaya Namaha!
EliminarNamastê, Bushi Gregório,
Saúdo seus pés de lótus de devoto, que são os pés de lótus de Shiva.
Jaya Dakshinamurthy, que nos deu o conhecimento libertador, louvado para sempre Mahaguru Shiva!