domingo, 14 de outubro de 2018

Pequeno tratado sobre a Grande Energia por Liu Tsu: texto de meu mestre espiritual


Pequeno tratado sobre a Grande Energia por Liu Tsu

Nossos corpos estão imersos em um mar energético. Mas esse mar possui inúmeras correntes, mais ou menos densas, porém em movimento.
Nossos corpos são fluxos, mais ou menos densos, dessa mesma energia, ligados a esse mar, que graciosamente nos permeia, nutre e sustenta.
A energia entra pelo ar, alimentos, topo da cabeça, solas dos pés e dedos, pelos dedos das mãos.
Temos uma energia ancestral armazenada, que é consumida durante a vida terrena, mas que pode ser novamente preenchida.
Onde há falta de energia há tendência a entrada da energia, como um sistema de baixa pressão. Mas se as entradas, saídas ou caminhos energéticos estão bloqueados (também por energia), o fluxo fica adormecido, inexistente ou enfraquecido.
Todos trocamos energias, em vários níveis, do magnético ao elétrico, em suas gamas de densidades.
A intensidade das trocas depende da sutileza da energia e da Consciência.
A consciência direciona a energia. Intenção é como força, causa movimento.
Consciência não é energia, mas controla energia. Quanto maior o fluxo de energia do corpo, com seus canais, entradas e saídas desimpedidos, maior é a clareza da consciência.
A energia pode ser bloqueada ou densificada por diferentes estados de consciência: apegos, sentimentos de medo, inveja, raiva, rancor.
A energia pode ser dissipada por excesso de exercícios, sentimentos intensos de natureza perturbadora como a paixão, a histeria da diversão inconsciente e a tristeza.
A energia pode ser aumentada através de exercícios físicos moderados que mexam o corpo globalmente, com o foco dentro de si e sem falar. Também pode ser aumentada com a prática da respiração consciente e da permanência no momento presente.
A meditação que nos coloca diante da consciência interna em tudo é salutar, no corpo, na mente, no espírito e no alcance da consciência.
O pensamento paralisa a energia e o apego ao pensamento bloqueia as trocas energéticas.
Em um meio equilibrado toda troca de energia é boa, mas em um meio em desequilíbrio é preciso atenção desapegada na consciência, pois assim o que está fora não invade, mas é reconhecido e passa.
Aquele que tem o fluxo equilibrado doa energia e ela não faz falta, porquê é como um rio cuja cabeceira sempre tem chuva.
Toda fonte de energia no corpo vem da energia Maior que vem do Grande Ser, que ama.
O Grande Ser é A Grande Consciência com a qual comungamos. O Grande Ser é gracioso nos atos e nada faz em raiva, vingança, rancor.
O Grande Ser ama mesmo. Um amor sem apegos, que respeita as vontades para o bem e para o mal. Quem pode sondar suas motivações?
Existe a Grande consciência e a pequena consciência, mas são da mesma natureza e coincidem no final.
Existe O Amor do Grande Ser e o amor no coração dos seres, mas são da mesma natureza e coincidem no final.
Tudo ruma para a falta de intenção consciente e benigna.
Não existe parte ou todo criado nos universos que lhe falte amor e consciência. Se não se vê, ainda há que desabrochar. Na semente há.
Tudo anseia pela integração e pela totalidade da completude com O Grande Ser e suas crias. Alguns tem consciência da necessidade de integração, em outros é latente, em uns explicito e em poucos alcançada.
No final não há parte. Só O Todo.
No final hão há final, porque sempre há.
Todo bloqueio é retirado por força dA Grande Consciência.
Todo fluxo vem dA Fonte e dela se alimenta.
Quando A Grande consciência move a energia, as rodas giram e tudo é renovado, aos poucos ou em blocos de tempo, de acordo com a sabedoria e a misericórdia dA Consciência que ama.
Quanto mais seres se unem, consciência somada à consciência, a energia se move e coisas acontecem.
Uma consciência buscadora mostra o querer e pouca intensidade. A Grande Consciência age com imenso querer, grande cuidado, e um plano intrínseco e sempre sábio, inteligente, misericordioso e bem-sucedido.
Alguns mostram o querer na busca por conhecimento. Outros na fé devocional. Outros vivem seus dias intensamente nos momentos passageiros para usufruir a vida. Alguns se entregam a prazeres e satisfações que passam. Par todos O Grande Ser que Ama tem um plano. Nunca julga.
E todos trocam seus objetos de querer até que queiram A Consciência. Ao querer A Consciência A acham e nunca mais se sentem atraídos pelos objetos do querer.
E sentem-se felizes sendo A Consciência que ama e até podem fingir que querem. Mas não querem. Podem fingir que se perderam só para se acharem depois em mais prazer de ser inteiro. Mas na verdade sempre estiveram conscientes dA Consciência. O agora se torna prazer e não tarda, o desejo de amor e felicidade e prazer quer se expandir. E isso é porque a fonte transborda em doação: É sua natureza de amor.